quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Rolezinho e a divida social com os negros

Há algo de positivo em movimentos como o rolezinho, pois os jovens, talvez sem querer, estao jogando um debate não só para o classe media do Shopping, mas para toda a sociedade. Acho natural o desejo deles por certos produtos q conferem algum status, afinal não sao eles que pregam o consumismo. Ao contrário, eles é que sao bombardeados diariamente através da mídia, e o efeito no lado mais carente, muitas vezes pode ser indesejável. Poderiam talvez estar passando a mensagem: "Ei nós existimos, queremos também oportunidades de ter acesso ao que há de bom e melhor!" E afinal: pobre gosta de luxo, miséria é para intelectual, já dizia Joãozinho Trinta. Há oportunidades iguais para brancos classe média e negros pobres? Não, n há. Um dos inúmeros problemas é q moram mais distante das oportunidades. Assim, não se pode negar q há segregação. Ela existe e é compreensivelmente negada pela maioria, pois é coisa constrangedora e de difícil solução. Qdo se reconhece que deixaram os negros desassistidos e hj eles ainda penam, só se ouve: Ah, isso é coitadismo. Porém, n se leva em conta q esse problema mal resolvido, é um dos fatores q causam insegurança para o convívio social. Geralmente é um negro q mata o filho do empresario classe media para roubar alguns pertences. A cor predominante nas penitenciárias é negra. A criança inconsequente q desce o viaduto num triciclo atrapalhando o transito, flagrada pela câmera da Globo, é um negrinho filho de uma negra miserável. Quem aparece numa foto icônica dos extremos da desigualdade, nadando no rio de lixo do Canal do Arruda em Recife, catando latinha, é um negrinho pobre. Não se pode negar que se cometeu injustiças contra os negros. A divída para com os negros existe, e é incomoda. Foram eles apenas um produto de consumo usado, e depois mal descartado. No Brasil o negro ainda hoje, só é mais presente em fevereiro, qdo desfila numa escola e é convidado para comentar o carnaval. Ele então é usado e descartado mais uma vez. No carnaval e só no carnaval, as coisas parecem milagrosamente favorecer o negro. Até um gari, serviçal q segundo um conhecido expoente da velha mídia de direita, faz parte da escala mais baixa do trabalho, com alguns espontâneos passinhos de samba, consegue ser transformado num artista de fama internacional. Percebe-se q não há união entre os próprios negros. Talvez um certo orgulho desestimula isso. No entanto se houvesse consciencia negra realmente ativa, os negros poderiam aproveitar o próprio carnaval como meio para protestos, e assim intimidar uma sociedade q foge do problema. Um simples gesto, uma palavra símbolo, um pequeno adereço, já faria diferença. O problema da desigualdade n é só do Estado. A situação real do Brasil ainda é um cenário de capitanias hereditárias. Sendo assim, o Estado poderia interferir na vida privada de grandes latifundiarios q ainda existem aos montes, e por achar q eles teriam demais, apropriar-se de parte de seus patrimônios para dividir entre famílias pobres que tbém quisessem produzir e viver com dignidade? O Estado poderia por exemplo, taxar pesadamente bilionarios como Paulo Lemann, Joseph Safra, os irmãos Marinho, e outros para construir universidades e custear o estudo de negros e até brancos pobres? Não. Negativo. O Estado tem q ir se virando a duras penas, trazendo uma copa para atrair investimentos ou fazendo parcerias com gdes empresas privadas, acertando em algumas e errando em outras. Enfrentar a desigualdade é um problema de todos, e os setores conservadores tem mais responsabilidade, pois além de se esquivarem do problema, espalham falsas ideias para confundir a opiniao da maioria q tem cativa através dos meios de comunicação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário