sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Entulhos

De sobre os terríveis escombros de um despertar repentino, arreio os cavalos do encéfalo;
a estrada é desgraçadamente mesmo essa: longa, deserta, cheia de incômodos. mas porque há tanto entulho?
Aos 40, não há mais tempo a perder, acelera-se, ou fica-se para trás, e há tempo ainda de cruzar a linha naquele bando dos veteranos. adiante!
Tumulto em túmulos! morreremos. deselegantemente, morreremos. mas enquanto isso, esperneemos muito, inextinguívelmente esperneemos!
Catapultemo-nos por sobre toda essa gente desinteressada a se julgar interessante!
Descansos merecidos? não mais! dormiu-se muito, há somente rascunhos, e se não cuidarmos, viram pó, desintegradamente pó.
Acordemos desesperadamente para viver cada dia como se fosse o último. há muito entulho, absurdamente muito entulho!

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