quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Professores de armas vermelhas, Professores de almas azuis

Minha eterna vida estudantil nunca foi nada fácil: quando criança, menino pobre, calado, chato, sentado lá no fundo, a escola para mim era má. livre pelas ruas depois das aulas, estilingue no pescoço, quebrei-lhe algumas vidraças. atirei-lhe boas pedradas.
Hoje, aínda vejo que há muitas vidraças por quebrar. estas hoje, mais resistentes. estilingue velho, já não resolveria. talvez seria preciso usar recurso de uma catapulta, ou até, o velho mas infalível cavalo de Tróia.
A base escolar são os professores, e lembro-me de que haviam os professores de armas vermelhas, e os professores de almas azuis. desses últimos, recordo das mensagens de incentivo que calaram fundo, das ajudazinhas ao pé da carteira, ajuda ás escondidas ao final da aula, salvadores assoprões, estímulos vários. já os professores de armas vermelhas, trazem-me: socares de mesa, gritos coléricos, tenebrosas ameaças psicológicas, equivocadas avaliações, e dolorosos zeros desferidos á queima-roupa. soterrado por problemas, aínda havia esse pior problema: o professor- problema- que leva-problema-de aluno-problema para casa.
abandono escolar, fazer quinta série três vezes, lá vai calado o menino pobre e chato que se sentava no fundo da sala condenado á servidão, eterno braçal.
Somente educação salvaria o mundo, assim, estudantes são a alma do mundo. respeitemo-lhes, perdoemo-lhes, mais cedo ou mais tarde, eles se aprumarão. incentivemo-lhes, e um dia nos agradecerão. ensinemo-lhes a dar boas pedradas, pois resistentes vidraças aínda há por quebrar.

Um comentário:

  1. ´talvez essa pedrada aínda não esteja bem acertada... será que não falta uma mexidinha aqui, outra alí ?

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